O dólar comercial encerrou a quarta-feira (11) com uma queda de 0,53%, cotado a R$ 5,5392, alcançando o menor patamar do ano. A desvalorização da moeda americana foi influenciada por dois fatores principais: os dados de inflação mais fracos do que o previsto nos Estados Unidos e o anúncio de um novo acordo comercial entre EUA e China. Ambos os eventos contribuíram para fortalecer moedas de países emergentes, como o real brasileiro.
De acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA, o índice de preços ao consumidor (I) subiu apenas 0,1% em maio, surpreendendo o mercado, que esperava uma elevação de 0,2%. A desaceleração inflacionária reduziu a pressão sobre o Federal Reserve, que poderá adiar ou moderar novos aumentos nas taxas de juros. Isso enfraquece o dólar globalmente, já que investidores buscam retornos mais atraentes em outras moedas.
Impactos do acordo EUA-China no cenário cambial
Outro fator que influenciou a cotação foi o avanço nas negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que reaproximaram as duas maiores economias do mundo. O anúncio de um novo acordo reduziu as tensões geopolíticas e melhorou as expectativas para o comércio global. Com isso, o apetite ao risco aumentou, favorecendo economias emergentes e impulsionando a entrada de capital estrangeiro no Brasil.
A moeda americana para liquidação em julho — a mais negociada na B3 — recuou 0,62%, a R$ 5,5580. No turismo, o dólar foi vendido a R$ 5,605, com leve variação em relação à compra, que ficou em R$ 5,785.
Cenário interno e IOF em debate na Câmara
Internamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aproveitou a maré positiva para dialogar com parlamentares sobre alternativas ao aumento do IOF, imposto cobrado em operações de crédito e câmbio. A discussão ganhou força diante do atual momento de valorização do real, pois um IOF elevado poderia desestimular investimentos estrangeiros. A equipe econômica busca medidas que reforcem a arrecadação sem comprometer a atração de capital externo.
Perguntas e respostas
Por que o dólar caiu tanto nesta quarta-feira?
Principalmente por causa da inflação mais baixa nos EUA e do acordo comercial entre EUA e China.
O que isso significa para o Brasil?
Significa que o real se valorizou, o que pode baratear importações e aliviar a inflação.
O IOF vai aumentar?
Ainda está em discussão. O ministro Haddad busca alternativas para evitar o aumento.
