O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta semana um novo acordo de reparação pelo desastre de Mariana, que ele classificou como o maior já registrado no Brasil em termos ambientais e sociais. O rompimento da barragem da Samarco, ocorrido em 2015, devastou comunidades inteiras, matou 19 pessoas e contaminou o Rio Doce ao longo de mais de 600 km.

Após reavaliar os danos em áreas como saúde, educação, pesca, meio ambiente e agricultura, o governo chegou a uma cifra que supera R$ 100 bilhões, sendo R$ 49 bilhões de responsabilidade do Governo Federal. O governo aplicará os valores diretamente nas regiões atingidas.
Destinação dos recursos: foco em saúde, meio ambiente e retomada econômica
O pacote inclui:
- R$ 11,3 bilhões para a saúde
- R$ 8,1 bilhões para recuperação ambiental
- R$ 7,8 bilhões para povos indígenas e comunidades tradicionais
- R$ 6,5 bilhões para reativar a economia local
- R$ 3,75 bilhões para programas de renda
Outros recursos vão para mobilidade urbana, assistência social, pesca artesanal, prevenção de riscos na mineração e indenizações.
Reparação com diálogo e justiça social
Lula afirmou que essa nova proposta surge após um levantamento mais amplo, coordenado por ministérios e técnicos que ouviram comunidades locais. Além do investimento financeiro, o plano prevê R$ 5 bilhões para fortalecer a participação social e garantir que os atingidos possam acompanhar o uso dos recursos.
Acordo marca nova fase da reconstrução
Especialistas e autoridades consideram a medida um marco nos esforços de reconstrução e justiça. “Depois de tantos anos de promessas, agora estamos falando de ações concretas”, declarou Lula em Mariana.
Perguntas e respostas :
Um novo diagnóstico dos impactos sociais e ambientais reais da tragédia.
Parte significativa será bancada pelo Governo Federal, com participação das mineradoras responsáveis.
Segundo Lula, a destinação dos recursos já está em andamento.