Um vídeo gerado por inteligência artificial tem arrancado risos — e também levantado sobrancelhas — nas redes sociais. Na animação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes aparecem como um casal apaixonado, dançando de forma sincronizada e romântica. Enquanto isso, a ex-presidente Dilma Rousseff assiste à cena, calmamente bebendo vinho, e Jair Bolsonaro surge chorando ao fundo, em uma cena que mistura drama e deboche político.
Deepfake com roteiro de novela e estética de meme
A composição do vídeo segue uma lógica quase teatral: personagens políticos reais colocados em um enredo fictício com elementos de comédia e provocação. A qualidade visual, aliada ao absurdo da situação, fez com que a peça se espalhasse rapidamente nos grupos de WhatsApp, no X (antigo Twitter) e no Instagram, gerando tanto gargalhadas quanto críticas.
Entre a sátira digital e os perigos da desinformação
Embora muitos encarem a produção como uma brincadeira inofensiva, especialistas em mídia alertam que o uso crescente de deepfakes pode confundir o público — especialmente quando vídeos assim circulam sem contexto ou indicação clara de que são artificiais. O risco está menos na sátira em si e mais na facilidade com que se manipula a imagem pública de autoridades.
Tecnologia e política no limite do humor
O vídeo serve como exemplo de como a tecnologia pode ampliar a criatividade do humor político, mas também expõe a ausência de critérios claros para a circulação de conteúdos manipulados. Em tempos de desinformação, até a piada precisa ser compreendida como ferramenta de influência.
Perguntas e respostas
Não. Foi criado com recursos de inteligência artificial.
Alguns usuários sim, especialmente onde o vídeo circulou sem explicação.
O humorista criou o conteúdo para divertir, mas algumas pessoas podem interpretá-lo como real, o que exige atenção e alerta para evitar desinformação.